_edited_edite.png)
_edited_edite.png)


_edited_edite.png)
_edited_edite.png)


_edited_edite.png)

_edited_edite.png)
_edited_edite.png)
_edited_edite.png)
_edited_edite.png)

_edited_edite.png)
_edited_edite.png)
_edited_edite.png)
_edited_edite.png)
Reconhecimento, estratégia e partido
Pretende-se neste módulo definir a problemática e sítio a ser projetado. Para catalisar a formulação de estratégias específicas para a área estudada, os estudantes são convidados a desenvolver uma combinação crítica de usos ecológicos e econômicos, entendimento territorial e sobreposições urbanas que remodelam consideravelmente o futuro uso e herança do sítio. Para promover este objetivo, serão desenvolvidos dois exercícios: primeiro, o desenvolvimento da cartografia crítica específica da área definida para o projeto/ intervenção; e segundo, o desenvolvimento de partidos urbanísticos, abordando as principais estratégias de projeto.


1. desenvolvimento urbano e transporte metroviário

Mobilidade urbana e desenvolvimento urbano caminham juntos em diversos sentidos, e um exemplo disso é o caso do transporte metroviário. As linhas de metrô e principalmente suas estações tendem a proporcionar grande potencialidade de desenvolvimento urbano nos seus arredores, principalmente no que tange ao desenvolvimento comercial.
Um estudo realizado em Salvador sobre “Efeitos do metrô sobre especialização setorial e funcional na área urbana de Salvador” (Thiago Rodrigues, 2019) demonstrou o crescimento de atividades comerciais nas áreas de implantação de estações metroviárias, em Salvador, onde, em um período de queda na economia da cidade, observou-se, por exemplo, que comércios localizados nos entornos das estações de metrô tiveram uma taxa menor de fechamento em relação à outras áreas da cidade. É inegável a relação entre a mobilidade urbana proporcionada pela implantação de estações de metrô com a ocupação comercial e valorização imobiliária de seu entorno.
Em Brasília não é diferente, muitas Regiões Administrativas tiveram seu desenvolvimento guiado pela extensão da linha de transporte metroviário e se desenvolveram em manchas urbanas que cresceram a partir dela.
2. O metrô em Samambaia
Na Região Administrativa de Samambaia o metrô possui três estações que se localizam em posição de centralidade na cidade, dividindo-a em Norte e Sul.
Apesar de estarem localizadas em uma posição central, essas estações hoje existentes em Samambaia, não contemplam toda a população local, limitando-se em beneficiar principalmente a população localizada na porção Leste e negligenciando o acesso de parte da população que habita a distâncias consideráveis deste local, no subcentro Oeste.
Essa segregação causada pelo metrô não é vista somente no sentido Leste-Oeste, como também Norte-Sul, visto que atualmente os limites da linha metroviária são demarcados por muros altos que não possibilita praticamente nenhuma permeabilidade visual para o outro lado.






De acordo com o PDAD 2018 referente à RA de Samambaia, 64,5% da população de 18 a 29 encontram- se ocupados, trabalhando ou estudando. Desse percentual a grande maioria faz o deslocamento para alguma região para exercer seu trabalho principal, sendo um total de 70,5% da população trabalhadora que não atua na própria RA de Samambaia.




O metrô é a principal forma de deslocamento para 6,8% desses trabalhadores se deslocarem até seu trabalho, o principal meio de transporte é o ônibus, atendendo a um total de 49,9% deles. Além disso a rede metroviária é o principal meio de transporte para 2,6% dos jovens estudantes até suas respectivas escolas e cursos.
Analisando esses dados censitários é possível perceber que o metrô atende majoritariamente uma população que realiza um movimento pendular casa-trabalho e não para trânsito interno e acesso a diferentes pontos da RA.
Apesar do uso majoritário de ônibus para a locomoção pelos moradores de Samambaia, existe um projeto de extensão da linha do metrô até o subcentro oeste da RA, adicionando mais duas estações ao modal. À primeira vista pode parecer um projeto questionável, mas quando somam-se as potencialidades existentes no subcentro oeste e as oportunidades de desenvolvimento oferecidas pela implantação de estações de metrô, torna-se uma possibilidade interessante.
3. samambaia desconectada
Além da linha de metrô como barreira física entre norte e sul, a linha de alta tensão de Furnas também se estabelece como um empecilho à integração da cidade, pois limita os usos dessa região central segregando Samambaia em norte e sul por uma barreira de possibilidades. Em 2020 o GDF junto à ANEEL assinaram um termo de cooperação para o aterramento da linha de alta tensão em prol de um projeto denominado “Avenida das Cidades”.
No sentido Leste-Oeste, grandes vazios também afastam e segregam a cidade a partir da sua lógica de urbanização inicial: as primeiras ocupações da cidade ocorreram à Leste, onde hoje existe um centro mais consolidado e com mais equipamentos urbanos (em detrimento da parte Oeste, ocupada à posteriori e com menos infraestrutura qualificada).

5. metrô como eixo integrador
Analisando as propostas pré-existentes, as potencialidades da região e a estreita relação entre as estações de metrô e o desenvolvimento comercial e urbano, a proposta deste trabalho é transformar o metrô de Samambaia (atualmente um dos agentes de desconexão da malha urbana) em um eixo integrador na cidade.

Analisando as propostas pré-existentes, as potencialidades da região e a estreita relação entre as estações de metrô e o desenvolvimento comercial e urbano, a proposta deste trabalho é transformar o metrô de Samambaia (atualmente um dos agentes de desconexão da malha urbana) em um eixo integrador na cidade.
A partir da proposta pré-existente de expansão da linha de metrô, o objetivo seria a criação de “Estações Parque”, estações de metrô que levariam mais equipamentos urbanos de lazer e cultura para o subcentro oeste, além de fomentar o comércio em suas redondezas, buscando, dessa forma incentivar uma maior vivência do morador de Samambaia em sua própria cidade, com a implantação de um projeto que seja abraçado pela população local se tornando um ponto de referência da cidade, estabelecendo maiores conexões entre seus polos Norte-Sul/Leste-Oeste, além de atuar como agente no resgate da memória local e herança cultural da região e também surgindo como um ponto de destino para pessoas de outras regiões do DF.
A proposta seria um projeto modelo, capaz de se replicar em outras estações com o objetivo de transformar esse caráter segregatório da linha do metrô em um espaço integrador.



